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SBPC lançou abaixo-assinado em defesa das urnas eletrônicas e reitora Márcia Abrahão pediu recomposição do orçamento.

 

Abertura SBPC

O prof. Abimael Costa representou a Auditoria Interna na abertura da 74ª Reunião Anual da SBPC. Foto: Jardel Rodrigues/SBPC

 

A Auditoria Interna da Universidade de Brasília participou da abertura da 74ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O Auditor-Chefe, prof. Abimael Costa, acompanhou o evento que começou com um Manifesto pelas Eleições e Urnas Eletrônicas, lido pelo presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro. A abertura aconteceu na noite de domingo (24/07), na Universidade de Brasília. Doze representantes da ciência brasileira compuseram a mesa de abertura e centenas de representantes de instituições científicas, pesquisadores e estudantes lotaram a cerimônia no Auditório da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB).

 

A reitora Márcia Abrahão falou da imperativa necessidade de recomposição do orçamento das universidades e clamou a comunidade científica a se comprometer com a autonomia universitária. “Inclui a verdadeira liberdade de cátedra, legislação que garanta o financiamento das universidades federais independentemente de governos e o fim da lista tríplice para nomeação de reitores, com respeito à escolha democrática das comunidades das nossas universidades”, disse a reitora.

 
Emocionada, a coordenadora local da 74ª Reunião Anual da SBPC, Maria Emília Walter, decana de Pesquisa e Inovação da UnB, lembrou o papel da UnB para o país nos últimos 60 anos. “É uma história de lutas pela ciência, tecnologia e inovação; pelo ensino público e gratuito; pela democracia e pela justiça social.” A professora também criticou os cortes sucessivos no orçamento, que “vêm quebrando o sistema nacional de ciência e tecnologia, construído por milhares cientistas desde a década de 1950.”

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Marcus David, também criticou os cortes no orçamento. “É um grande equívoco estratégico, na tentativa de encontrar soluções econômicas, utilizar sistematicamente os cortes de recursos da educação e da ciência e tecnologia como busca de equilíbrio fiscal. Essa estratégia condena o futuro do nosso país e nos tornará dependentes de forma perene.”

 

A importância de construir uma política de ciência, tecnologia e inovação de Estado, que não mude a cada troca de presidente da República foi destaque da fala da presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader. “Só com educação e ciência nós vamos cumprir os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.”

 

A presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Flávia Calé, disse que o desafio presente é construir uma agenda que garanta a real independência do Brasil. Para ela, a construção da autonomia científica e a retomada de um projeto de país devem estar atreladas a uma retomada da indústria brasileira e um projeto de desenvolvimento científico e tecnológico de inovação. “Unir a Universidade a esse desafio de reconstruir um projeto para o nosso país em novos marcos. Essa é uma tarefa nossa, de quem conhece e construiu esse sistema.”

 

Esta nota é reprodução parcial da matéria “Financiamento da ciência e defesa da democracia são destaques de abertura oficial” Da Ascom, Gabinete da Reitoria.