08 de Novembro de 2019

 

 

Em 21 e 22 de outubro, a Auditora Luciana Maria de Oliveira Cortinhas realizou em Curitiba um benchmarking com os auditores das Audins da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Instituto Federal do Paraná (IFPR).

 

No encontro com os auditores-chefes Sadi Daronch, Luiz Eduardo Croesy Jenkins e Kétura Silva Paiva e demais auditores internos das unidades, foram discutidas questões relacionadas aos problemas comumente enfrentandos pelas Auditorias Internas das IFEs.

Entraram na pauta os assuntos:

  • Transparência dos trabalhos realizados

As Auditorias Internas das IFEs publicam em seus sites além do RAINT e PAINT também seus relatórios de auditoria e recomendações da CGU e do TCU. Contudo, existe a preocupação de que os relatórios próprios publicados não contenham a identificação completa de eventuais responsabilizados. Por esse motivo, os relatório já são produzidos de forma a garantir o sigilo de informações pessoais e que digam respeito à intimidade, deixando tais informações restritas aos papéis de trabalhos.

  • Rotatividade dos auditores-chefes e preparação dos auditores internos para assumir a chefia das unidades

A determinação prevista na Portaria nº 2.737/2017 da CGU de alternância dos auditores-chefes está sendo cumprida, dentro da possibilidade, preferencialmente por servidores das próprias IFEs. A preocupação com a capacitação dos servidores e preparação desses para o exercício das atividades inerentes ao titular da unidade de Auditoria Interna, em especial no que se refere a gestão de pessoas, é evidente entre as Audins. No entanto, a rotatividade é vista como uma oportunidade de valorização profissional dos demais auditores, de manutenção da transparência das atividades  e até de sanidade mental diante do alto grau de responsabilidade e comprometimento exigido da chefia pela alta Administração.

  • Quantitativo de servidores x qualidade e perfil dos profissionais x quantitativo de auditorias realizadas

Verifica-se que a CGU tem avaliado a produtividade das Audins de acordo com o quantitativo de servidores, sem que seja, entretanto, considerada a qualidade do trabalho individual dos auditores. Tal fato ocasiona problemas nas equipes principalmente quando alguns servidores mais pró-ativos são julgados em conjunto com seus colegas que realizam um quantitativo menor de trabalho.

O novo perfil esperado dos profissonais das Audins precisa ser aprimorado dentre os servidores ativos, uma vez que os concursos para auditor da forma como são realizados atualmente não possuem condições de selecionar os profissonais mais críticos ou que tenham efetivamente as características hoje consideradas desejáveis para o auditor do futuro.

As mudanças de perspectivas na carreira de auditor interno e o perfil do novo profissional em auditoria exigem uma contribuição mais ativa na governança institucional: explicitando a importância dos trabalhos e agregando mais valor por meio da consultoria; realizando planejamento dos objetos auditáveis pelo seu nível de criticidade; contribuindo com o fortalecimento do ambiente de integridade; bem como se concentrando nos riscos estratégicos e na missão da organização.

  • Contabilização de benefícios:

As Audins estão fazendo levantamento dos relatórios de auditorias já realizados nos últimos anos,  tabelando e reavaliando de forma a buscar uma melhor forma de contabilizar os benefícios gerados com cada trabalho, conforme determina a IN nº 4/2018 da CGU. Ocorre que nem todos os trabalhos são mensuráveis financeiramente.

Acredita-se que, embora essa exigência possa dar maior visibilidade a importância das Audins na economicidade institucional, é possível que seja dada maior atenção às auditorias operacionais utilizando o critério da materialidade, ficando em segundo plano as auditorias de conteúdo finalístico e atividades de assessoramento e consultoria cujas recomendações podem não ser atendidas pelo gestor, em razão da discricionariedade, e, nesse caso, não serão contabilizadas.

Assim, embora a tendência atual seja de que as Audins realizem mais auditorias utlizando o critério da criticidade e consultorias que agregem valor institucional e auxilem a governança fornecendo informações que possibilitem uma melhor tomada de decisão por parte da alta Administração, tais atividades são mais difíceis de serem contabilizadas.

  • Programa de Gestão e Melhoria da Qualidade (PGMQ):

O Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental, aprovado pela IN SFC nº 3/2017, em consonância com a Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (IPPF) do Instituto dos Auditores Internos (IIA), estabelece que as Unidades de Auditoria Interna Governamental (UAIG) devem “instituir e manter um Programa de Gestão e Melhoria da Qualidade (PGMQ) que contemple toda a atividade de auditoria interna governamental, desde o seu gerenciamento até o monitoramento das recomendações emitidas”.

Nesse sentido, as Audins estão realizando estudos para compreensão do tema e futura implementação desse programa em suas unidades.

O objetivo das visitas foi promover a integração e o intercâmbio de conhecimentos, tecnologias e experiências relativas à prática da atividade de auditoria Interna realizadas pela UTFPR, UFPR e IFPR com a UnB. Considera-se que o intuito foi atingido e resultou em bons contatos com as equipes de auditoria paranaense, merecendo que esta frutífera colaboração seja perpetuada.

 

Escrito por Luciana Maria de Oliveira Cortinhas

 

 

Aconteceu em Brasília, nos dias 16 e 17 de outubro, o 10º Fórum Brasileiro da Atividade de Auditoria Interna Governamental. Participaram do evento, representando a Auditoria Interna da UnB, as auditoras Cibele Maria Pinto Pereira Menezes de Oliveira e Luciana Maria de Oliveira Cortinhas.

 

O tema abordado foi "Desafios e Perspectivas para Melhoria da Governança Pública". O evento era voltado a auditores internos governamentais de órgãos e entidades dos poderes da União, Estados e Municípios; auditores externos governamentais; gestores e servidores públicos.

 

O objetivo foi promover a integração e o intercâmbio de conhecimentos, tecnologias e experiências relativas à prática da atividade de auditoria Interna no âmbito das unidades de auditoria dos poderes da União.

 

A 10ª edição do Fórum foi promovida pelo Conselho de Dirigentes de Órgãos de Controle Interno da União (DICON), sob a coordenação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Secretaria de Controle Interno do Ministério da Defesa (CISET/MD).

 

Estiveram presentes como palestrantes e debatedores diversas autoridades como: Marcos Cesar Pontes – Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Wagner de Campos Rosário – Ministro da CGU; José Marcelo Castro de Carvalho - Secretário-Executivo da CGU; Antônio Carlos Bezerra Leonel – Presidente do DICON; Paulo Ricardo Grazziotin Gomes – 1º Vice Presidente do DICON; Mércia Giselle dos Santos Oliveira – 2ª Vice Presidente do DICON e Secretário de Controle Interno do Ministério da Defesa; Leonardo de Araújo Ferraz – Presidente do CONACI; Tania Mara Cordeiro – Conselheira do IIA; entre outras, como grandes dirigentes de Auditorias Internas de respeitados órgãos do Poder Executivo Federal (Banco Central do Brasil, Câmara Legislativa, SERPRO, Tribunal de Justiça, integrantes das Forças Armadas, etc).

 

As mudanças de perspectivas na carreira de auditor interno e o perfil do novo profissional em auditoria foi explanado de forma reiterada pelos palestrantes, que apresentaram a próxima geração de auditoria interna com contribuição mais ativa na governança institucional:

- explicitando a cadeia de valor dos trabalhos;

- realizando planejamento dos objetos auditáveis pelo seu nível de criticidade, considerando o grau de importância para o atingimento dos objetivos estratégicos e da missão da organização;

- baseando nos maiores riscos;

- e no fortalecimento do ambiente de integridade.

 

Acredita-se que as auditorias apenas de conformidade possivelmente serão superadas por programas informatizados nos próximos anos. Por esse motivo, o recente Decreto nº 9.991/2019 prevê que seja desenvolvido um Plano de Desenvolvimento de Pessoas (PDP) para atender às necessidades administrativas operacionais, táticas e estratégicas, vigente e futuras, preparando os servidores paras as mudanças de cenários internos e externos ao órgão ou entidade.

 

Seis imperativos foram apontados para a futura auditoria interna:

- concentrar-se mais nos riscos estratégicos;

- alinhar as expectativas das partes interessadas;

- pensar além do escopo;

- agregar mais valor por meio da consultoria;

- elevar a estatura e a perspectiva;

- facilitar uma comunicação eficaz e de alta qualidade.

 

Também foi dado muito enfoque nos trabalhos de consultoria das Auditorias Internas, que têm grande potencial para prover valor de longo prazo para o sistema de controle interno da organização. Acredita-se que esse trabalho também tende a ser mais prospectivo ao invés de avaliar somente o que aconteceu no passado.

 

Embora a combinação de auditoria e consultoria pela auditoria interna não seja isenta de problemas e alguns acreditem que possam acontecer potenciais prejuízos para a independência e objetividade, os serviços de consultoria podem promover oportunidades ao auditor interno, aumentando seus conhecimentos e habilidades em áreas que não fazem parte do ambiente dos trabalhos de asseguração.

 

Os serviços de consultoria são definidos como atividades de aconselhamento e serviços relacionados prestados ao cliente, cuja natureza e escopo são acordados como cliente e se destinam a adicionar valor e aperfeiçoar os processos de governança, gerenciamento de riscos e controles da organização, sem que o auditor interno assuma qualquer responsabilidade que seja da Administração. Incluem orientação, assessoria, facilitação e treinamento.

 

Aposta-se que usando um processo de avaliação de risco robusto, os auditores internos podem selecionar trabalhos de consultoria que agreguem grande valor à organização. Por fim, importante lembrar que o serviço de consultoria não deve conduzir o auditor a função de tomador de decisão, esta sempre será de responsabilidade da Administração que é livre para aceitar ou rejeitar as orientações ou recomendações resultantes de qualquer trabalho de auditoria.

 

Escrito por Luciana Maria de Oliveira Cortinhas

Fonte: 10º Fórum Brasileiro da Atividade de Auditoria Interna Governamental

27 de Agosto de 2019

Grupo, com integrantes da comunidade interna e externa, vai propor atividades alusivas à data e que mostrem a estreita relação entre a Universidade e a capital 

Comissão reúne representantes da sociedade civil, do corpo institucional, docente e estudantil para propor uma programação para as festividades. Foto: Heloíse Correa/UnB Secom
Comissão reúne representantes da sociedade civil, do corpo institucional, docente e estudantil para propor uma programação para as festividades. Foto: Heloíse Correa/UnB Secom

Um momento para pensar a cidade, a Universidade e a relação entre ambas. Assim foi o primeiro encontro da Comissão UnB nos 60 anos de Brasília, realizado no Salão de Atos da Reitoria. No início deste mês, representantes da sociedade civil, do corpo institucional, docente e estudantil se reuniram e lançaram olhar sobre a efeméride, a ser celebrada em 21 de abril do ano que vem. A comissão, nomeada por Ato da Reitoria, vai propor uma programação para as festividades, com eventos que reflitam a memória da cidade, comum à UnB.

A reitora Márcia Abrahão cumprimentou os presentes e recordou que, entre eles, alguns compuseram a organização que celebrou os 50 anos da capital, da qual também fez parte. “Nós ficamos muito felizes com a aceitação de todos. É uma comissão maior ainda, e sabemos que nem sempre as pessoas podem vir, mas o importante é a incorporação deste espírito de comemoração”, expressou.

Contando um pouco da história da Universidade, a cerimônia teve início com a apresentação de vídeo institucional com os principais avanços da UnB ao longo dos últimos anos, com destaque para a expansão para além do Plano Piloto e para a crescente excelência acadêmica.

A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), Denise Imbroisi, sugeriu a abertura de uma consulta pública para sistematizar as proposições feitas pela comissão. A decana de Pesquisa e Inovação (DPI), Maria Emília Walter, falou sobre a divulgação da ciência e sobre o destaque necessário aos trabalhos desenvolvidos pelas áreas de artes e humanidades na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, prevista para outubro.

“Estamos fazendo questão de mostrar que, nessas áreas, também existe inovação. São áreas estruturantes para o desenvolvimento do país; não podemos prescindir dessa dimensão, na qual a Universidade atua fortemente”, afirmou.

A professora aposentada Ivone Rezende Diniz enfatizou a ciência voltada para o cerrado. “Nós temos aqui herbários brasileiros, a segunda maior coleção de répteis, nós temos coleções de aves, de mamíferos, de peixes, uma série de coleções que podem ser mostradas à sociedade”, enumera.

MEMÓRIA E RESISTÊNCIA  Ao compartilhar um pouco de suas experiências junto à Universidade, os presentes trouxeram expectativas em relação à comissão. A jornalista formada pela UnB, sócia do site Olhar Brasília e apresentadora do Distrito Cultural, da Rede Globo, Márcia Zarur, acredita que o grupo integrará a sociedade aos trabalhos desenvolvidos pela instituição.

“Não dá para falar dos 60 anos de Brasília e excluir a UnB. Da ideia de Darcy Ribeiro, nasceu uma universidade singular, com pessoas notáveis, que estão fazendo a história do Brasil”, enfatizou.

“A importância é muito grande e nunca é demais lembrar que essas histórias se confundem”, acrescentou o professor emérito da Faculdade de Arquitetura de Urbanismo (FAU) José Carlos Coutinho. “A história da UnB é a história de Brasília; elas nasceram ao mesmo tempo e, com segurança, a UnB é umas das instituições mais importantes da capital federal”, ressaltou.

Coutinho pediu justiça à contribuição de Anísio Teixeira, que, ao lado de Darcy, trouxe os princípios pedagógicos pioneiros da UnB, como o ensino interdisciplinar. “Se Darcy Ribeiro foi o grande guerreiro, empreendedor da Universidade de Brasília, Anísio foi a cabeça pensante que realizou aqui o que ele não conseguiu no Rio de Janeiro”, recordou.

“Não é justo que a magnitude de Anísio Teixeira seja representada apenas por um pavilhão desconfortável”, expressou o professor emérito da Faculdade de Comunicação (FAC) Murilo Ramos, em referência ao Pavilhão Anísio Teixeira, no campus Darcy Ribeiro.

A comissão deve voltar a se reunir no início de outubro. Antes disso, será lançada uma consulta pública, que vai reunir sugestões para a programação em homenagem aos 60 anos de Brasília.

*Estagiário de jornalismo na Secom/UnB.

 

Fonte:https://noticias.unb.br/76-institucional/3127-unb-institui-comissao-especial-para-o-aniversario-da-cidade